sexta-feira, 6 de março de 2009

De volta ao Século XV?

Alguém pode fazer o favor de me dizer o que a Igreja Católica está pensando?

A quem ela pensa estar enganando, chegando, assim, de mansinho... Todos nós sabemos que esta farsa serve apenas para nos convencermos de que está querendo ser moralista. Isto não me envolve mais. Uma das frases mais corretas que eu conheço é a que expressa a seguinte opinião: “Quer conhecer uma pessoa, dê poder a ela.”. Já vimos o que acontece quando damos o poder ao “clero” (vamos tratá-los desta maneira, uma vez que eles acreditam que os séculos XV, XVI, XVII, XVIII... estão de volta). O pior é se esta idéia se concretizar, imaginem aí, Os senhores de engenho, os servos... Ou quem sabe, voltaríamos, até, à escravatura. Interessante.

Quem deu poder para que um padre, com seus pensamentos medíocres e arcaicos, para dominar uma razão da qual desconhece, implantando o seu preconceito, focado na sua porca fé, de que pode ou não caracterizar alguém a ponto de torná-lo incapaz de se redimir diante sua conduta com Deus? Primeiro lugar, que Deus? A Vossa Santidade, o Papa? Aonde vamos chegar?

Tudo bem que o celular volte ao seu tamanho original, enormes por nascença. Tudo bem que as máquinas e câmeras digitais voltem a não caber na palma da mão. Este andar pra trás é até aceitável, mas acreditar numa ideologia racista e severa que nos força a olhar por apenas um ângulo é pedir pra ser chamado de “matuto”.

A “casa do Senhor” tem que começar a perceber que os seus tempos de glória acabaram. Se querem, ou não, se redimir, com as milhares de desculpas, sem nexo, do atual Homem da Fé, nosso “querido” alemão Joseph Ratzinger (ou Papa Bento XVI, caso não queira se arriscar em pronunciar este primeiro nome), não é, obviamente, desta maneira que o conseguirão.

Esta sujeira histórica que causaram ao acreditar que deveriam ser únicos no planeta, e que Deus só nos olharia se carregássemos a enorme cruz no peito, teve seu final há muito tempo, fazendo com que esta mesma doutrina fosse ridicularizada em praça pública. Então, eu vos pergunto: seriam, estes homens, capazes, hoje, de determinar o que é certo e o que é errado?

Esta é a pergunta polêmica do momento, em que as partes se dividem em gomos, para decidir se a garota de nove anos, a sua mãe, o médico e alguns outros auxiliares, devem ter as suas almas entregue ao Diabo por terem cometido o ato, recriminado pela Igreja, do aborto, em Pernambuco, no dia 4 de Março deste ano .

Segundo a Igreja Católica, o homem deixa de respeitar a Deus quanto retira uma vida, tudo bem, acreditemos nisto, mas olhar uma garotinha, que deveria estar brincando de boneca, carregar na sua barriga, não vermes, mas sim um feto com o qual teria que viver o resto da sua vida, é, inacreditavelmente, católico. Uma religião que prefere que deixemos as criancinhas sofrerem, partindo do pressuposto de que o seu Jesus Cristo rogue para que se faça o contrário, a fazer com que uma pobre menininha de nove anos, que não sabia o que estava acontecendo, tenha uma segunda chance de poder ser feliz.

Esta falsa perseverança “patriarcal” católica, faz-me pensar no maniqueísmo que é criado... Em quem, de fato, devemos ter fé: Em Deus, ou na Igreja?

Um comentário:

  1. Em quem? Sei lá. Só tenha fé. E cuidado, porque ela também pode se transformar numa personificação da macabrice! Já pensou? Ver o papa vestido de preto com uma Swástica no peito (a feição não muda muito). Ver Deus rindo das idiotices humanas, fazendo xixi nas nossas cabeças e nos deixando tomar banho de chuva, inocentemente? Ou ver uma criança do tamanho de Júlia (ou de Diana- minha sobrinha, se as comparações te assustam) com uma barriga imensa preparando-se para abrir as pernas num processo de parto? A fé se tornou horripilante, não é mesmo? Há muito a fé não se apresenta como deveria. Por isso, continuo buscando ela em lugares inimagináveis, mas não em templos. Não em pessoas. Não na fé alheia, burra massificada, simplesmente CONTAGIOSA.

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